Friday

mais vivo que nunca...




A ficar por ficar, não quero correr pela areia com medo que ela se torne em maças podres cheias de mordidelas, azuis de amarelo, gastas pelas palmas das mãos, adormecidas pelo cimento coberto de groselha.
Tudo me dá a certeza de que a borracha vista pelos olhos de uma estatua morta pelo sol, às vezes e sempre a manhã de uma arvore colhida pelo vento, abranda-me a semente arrancada das costas do mundo feito de folhas de zinco secas.
Mas isto é apenas aquilo que parece, e tenho a certeza que o orvalho que cresce dentro de um milhão de falhas constantes, leva-me a pensar que camadas de mantas tapam o vazio.
Falha-me a memória, vê-se nos olhos e continua na boca, a tristeza de não saber reter a respiração por um tempo determinado a ficar para sempre.
A luz morre sempre ao fim do dia, apenas para dizer: "Dá-me fome a sujidade amolecida!"
É como ver dois casais de plástico a comerem restos de casca de cera à facada.
A esquizofrenia apoderou-se, vou-me deixar levar pelo peso de uma memória riscada.
Doi-me o sacro! Fala-me de cor...

Wednesday

Á flor da pele...








A flor do amor.
A flor da vida.
A flor da morte.
A flor do perdão.
A flor de estufa.
A flor de plástico.
A flor da despedida.

Resuscito sempre que posso... mais forte.

Cada vez que me matam, resuscito ainda mais forte!
De tanta e tanta dor... cresceu uma crosta em volta do corpo que habito.
Ela que me defende, separa-me do mundo podre e infectado de favor atrás de favor.
Rasgam-se folhas atrás de folhas... carregadas de palavras conjuntas e separadas...umas revelam coerência outras insanidade... rasgam-se folhas atrás de folhas... como se de um confissionário se trata-se.
É isto que me adormece os sentidos. É isto que me mantem os sentidos adormecidos.
É isto que me mata devagar. É isto que depressa me mantem vivo.

Tudo e nada.
Nunca e sempre.
Agora e depois.

Agora?...nada! Sempre tudo depois.

Nojo do medo!

Mete-me nojo... a superioridade de certas pessoas, que acham que podem olhar as pessoas de cima... o meu consolo é... eles também sofrem, morrem, choram e no fim do dia para aqueles que têm consciência... têm medo de ficar sozinhos no escuro, até parece que ouvem sons malficos onde eles não existem.
Medo? Quem não tem medo?

Monday

Sempre a mesma coisa...


... é sempre a mesma coisa.
Sempre o mesmo cheiro,
Sempre o mesmo amargo,
Sempre o mesmo cenário,
Sempre a mesma cena repetida,
Sempre à mesma hora,
Sempre a mesma dor,
Sempre a mesma lágrima,
Sempre o mesmo olhar,
Sempre o mesmo vazio,
Sempre a mesma merda,
Sempre a mesma coisa.

Sempre o mesmo sempre.

Porque às vezes... nem por isso doi...

As pessoas dormem, para acordarem.
Acordamos para sermos felizes.
Somos felizes, para sofrer.
Soferemos para viver.
Vivemos porque estamos acordados.
Estamos acordados para dormir.

Quando estamos sozinhos... temos mais tempo para refectir e ponderar.
É como se se vi-se tudo em camera lenta... e assim tudo tem outro sabor!
Ora doçe, ora amargo!
... e isso é cá comigo!

Friday

Cause all the people are Vampires




... they all want my energie, my life and my blood!

Why die... if i don´t feel alive anymore...

Thursday

Apertado...

Coração apertado...

Tuesday

Waiting...

... for a better view...